quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pesquisa aponta que professores brasileiros são homofóbicos


Ong Reprolatina divulgou em seu site um relatório sobre homofobia nas escolas cujo resultado aponta que quem deveria ensinar o respeito à diversidade também demonstra preconceito contra os homossexuais e/ou total desconhecimento do tema.
Para o estudo, que teve apoio do Ministério da Educação (MEC), foram entrevistados, entre 2009 e 2010, professores, diretores, funcionários e alunos do 6º ao 9º ano do fundamental de 44 escolas estaduais e municipais de 11 capitais do país, São Paulo inclusa.
Um dos problemas identificados pela pesquisa foi que na maioria das escolas, casos de bullying contra gays são encarados como brincadeiras naturais, o que torna a homofobia um problema invisível.
O despreparo do educadores é enorme, um deles em São Paulo disse, por exemplo, que sente “pena” dos gays e afirmou não saber se a homossexualidade “é uma doença” ou se o jovem “fica assim” por ser criado no meio de mulheres. Outro, também da capital, afirmou que a homossexualidade pode ser detectada pela anatomia, já que as lésbicas não teriam “cintura afinada.”
A ginecologista Magda Chinaglia participou das entrevistas em São Paulo e contou que casos de homofobia foram presenciados até mesmo pelos pesquisadores. Uma garota contou para eles o que seus colegas de sala lhe fizeram:“Eles vieram pra mim e disseram: ‘Você não é bem-vinda aqui, nós não te aceitamos. Além de ser baiana, você ainda é sapatona?’ Falaram um monte de coisas”.
O educador Toni Reis, presidente da ABGLT, deu seu parecer sobre o assunto: “Cada situação dessas mexe comigo. São coisas que vivi na escola, senti na pele. Surpreende a professora falar que, se você é homossexual, é democracia a outra pessoa o xingar”. Ele se refere ao jovem gaúcho de 15 anos que, no mês passado, foi agredido na saída da aula após assumir ser gay. Ao perguntar para a professora por que não interferia, ouviu que “os outros tinham direito de se expressar daquela forma.”
Reis estudou a homofobia nas escolas em seu doutorado e obteve resultado semelhante ao apresentado pela pesquisa da Ong Reprolatina: “Temos várias políticas públicas estabelecidas no âmbito nacional e estadual, mas não estão chegando às escolas”, diz.
))) Eae. o que fazemos? O nível de ensino já é pessimo porque não é interessante aos políticos que os jovens sejam instruidos e deixem de votar em quem distribui sopão em época de eleição. Se não bastasse, tratam o bullying como rito de passagem. Qual o incentivo para os jovens concluirem os estudos? Nenhum. #VergonhaBrasil
Chupinhado do DQOGG

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